sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Greve continua apenas na Caixa

Após 16 dias de greve, os funcionários do Banco do Brasil (BB) e Banco do Nordeste do Brasil (BNB) retornam hoje ao trabalho. Permanecem no movimento os funcionários da Caixa Econômica Federal. A existência de situações específicas em cada instituição levou o sindicato da categoria a realizar, na noite de ontem, três assembléias distintas.

A insatisfação quanto à Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e ameaça de desconto dos dias parados foram os motivos principais para os bancários da Caixa votarem pela continuidade da greve. Situação idêntica permanece no Piauí , Pernambuco, São Paulo e Rio de Janeiro, disse o diretor do Sindicato dos Bancários, Bosco Mota. Entre os funcionários do Banco do Brasil, adiantou, pesou na decisão de aprovar o fim da greve “o fato de que o Ceará era o único Estado da Federação onde o BB ainda estava parado”. Entretanto, frisou, a questão lateralidade continua e o reajuste permaneceu em 10% para quem ganha até R$ 2.500,00 e 8,15% para os salários acima desse valor.

Já o coordenador da Comissão Nacional dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil e também diretor do sindicato, Tomaz Aquino, reconheceu os avanço registrados, ontem, na proposta apresentado pela direção do BNB. Além disso, adiantou que as propostas apresentadas na quarta-feira geraram dúvidas, o que levou a assembléia votar pela continuação da greve também no BNB, na noite daquele dia.

O fato é que na manhã de ontem, o comando nacional dos funcionários participou de reunião, no Passaré, com a superintendente de Desenvolvimento Humano, Eliane Brasil. “Na oportunidade, foi explicitada melhor a proposta que já havia sido rejeitada pela assembléia de quarta-feira”, disse, lembrando que após essa reunião a comissão decidiu orientar os funcionários a votar pelo fim da paralisação.

Ontem, a paralisação no BNB continuava apenas no Ceará, Pernambuco e Bahia. Embora o Sindicato dos Estabelecimentos Bancários do Ceará tenha negado, desde o início da assembléia os comentários predominantes já eram de que a greve estava fragilizada.

Na proposta apresentada pelo BNB destacam-se: reajuste de 10% para todas verbas exceto para pagamento das comissões técnicas e gerenciais, que serão reajustadas em 8,15%; elevação do piso de quem ingressa na instituição para R$ 1.350,00, que corresponde ao salário-base por uma jornada de seis horas; Participação nos Lucros e Resultados igual a oferecida aos bancos privados.



fonte:: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?Codigo=583613

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